Startup apoiada por Tom Brady chega ao Brasil

Depois que a pandemia provou que a educação digital era possível, a Class, startup nascida em 2020, cresceu globalmente com as ferramentas e serviços do Zoom, uma de suas plataformas preferidas para cursos online. O próximo destino da empresa é o Brasil. 

A medida ocorre depois que Class arrecadou mais de US$ 117 milhões ao longo de 2021, com cheques fornecidos pelo fundo japonês SoftBank, Salesforce Ventures e, como pessoa física, o jogador americano Tom Brady, conhecido no país por ser o marido de Gisele Bundchen, e nomes associados ao setores de tecnologia e educação. 

“O interesse em educação online é um desafio não apenas nos EUA, mas em escolas de todo o mundo”, explica Michael Chasen, fundador da Class e atual presidente executivo.

Fundador da Blackboard, Michael Chasen aposta na Class, startup que complementa experiência de aula remota por Zoom

A Class não é a primeira empreitada de Chasen na educação. Em 1999, o executivo fundou a Blackboard, empresa de tecnologia especializada em soluções para escolas, professores e alunos e uma das líderes mundiais no segmento. A companhia foi a “escola” do empresário na área das “edtechs” 

(startups de educação): “Naquela época, estávamos no início da adoção de soluções digitais no meio educacional. Isso nos deu uma expertise geral sobre o assunto”, diz Chasen, que saiu da empresa em 2012.

Com a pandemia, o americano notou o desafio de aprendizado dos filhos com as aulas remotas, que eram mais limitadas em relação ao mundo físico e pouco adaptadas ao novo ambiente. Nessas condições, as escolas não têm plataformas próprias e utilizam serviços de videoconferências de terceiros, como Zoom, Meets (do Google) ou Teams (da Microsoft). O problema é que são ferramentas criadas para reuniões, e não aulas.

Foi aí que ele decidiu lançar a Class: a startup complementa a experiência de aprendizado ao adicionar soluções próprias às chamadas. Por exemplo, é possível checar a lista de presença, avaliar rendimento e criar conversas privadas dentro da própria plataforma, sem trocar de aplicativo ou programa. Até o momento, a Class trabalha somente com o Zoom, que permite que terceiros criem recursos no app.

Aos 18 meses de vida, a startup já opera no Japão, China, Austrália, Irlanda, Reino Unido e México, somando 50 países. “A pandemia atingiu a todos no Planeta. A oportunidade de negócio é global”, diz.

É com esse produto e ritmo de expansão que a edtech quer embarcar no Brasil. Nesse primeiro momento, a Class pretende buscar como clientes as universidades que já adotam modelo híbrido nessa retomada da pandemia. Também estão na mira da companhia americana as instituições profissionalizantes do País, como Senac, e escolas de ensino primário.

“O Brasil é um dos nossos principais mercados pelo mundo e estamos animados em colocar nossos esforços no País”, explica Matt Baker, responsável pelas operações internacionais da Class e colega de Chasen desde os tempos de Blackboard. Segundo Baker, o mercado brasileiro possui nomes gigantes no setor de educação, como Estácio de Sá, Anima, Kroton, que podem catapultar a startup por aqui com os milhares de alunos matriculados nessas instituições.

O mau momento pelo qual passa o Brasil, no entanto, não espanta a empreitada dos americanos, que conhecem o País desde os tempos de Blackboard, empresa que embarcou por aqui em 2001. “Sempre foi assim. Não podemos deixar os ventos contrários nos afetar e o Brasil é um importante mercado, e vamos fazer o possível para perdurar”, diz Baker. “É o nosso papel descobrir como contornar esse cenário e ajudar as escolas.”

Com : Estadão

QUER APOIAR NOSSO SITE ? FAÇA UMA DOAÇÃO DE QUALQUER VALOR.

CHAVE PIX = agnaldofestasbrasil@gmail.com

PAYPAL       = agnaldofestasbrasil@gmail.com

Relacionados

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *